terça-feira, 8 de maio de 2007

Prezado Sr. Gliberto Dimenstein


Oi Pessoas!!

De click em click o mouse enche o saco, né?! haha Ok, nunca fui boa em piadas.

Mas sabem de uma coisa?

De ontem para hoje, conheci uma série de blogueiros interessantes, que escrevem de forma bem personalizada. Mas não foi só isso, de click em click, acabei em uma parte do site da folha, assinada pelo Gilberto Dimenstein. E para a minha alegria, uns dos temas em pauta é a famosa lei do Kassab. E tinha lá "Envie sua opinião"! Ahhh! Foi como beber um copo de água bem gelado! Sim, quando estou com muita sede, mesmo no frio, a água deve estar bem gelada! Não que isso seja bom pra saúde, mas... Eis a carta que enviei. Espero que a publique:

"Bem, posso atrever a dar minha opinião sobre o assunto?

A começar lhe passo meu novo espaço virtual, criado muito em parte para discutir a questão da disparidade deste projeto Cidade Limpa

http://publiteclando.blogspot.com

O problema não é o projeto, o problema é o momento.

Se fosse em um país de primeiro mundo, onde se prioriza a educação, onde se tem bons colégios e condições favoráveis à alfabetização e escolha de objetivos, quem querer ser quando crescer, e ao mesmo tempo, lembram-se de cuidar da saúde e uma série de outros problemas, comuns à todos os países, de qualquer lugar que haja uma população habitando.
Não que seja lá mil maravilhas, sei que não são, conheci de perto alguns países da Europa e, adoro meu Brasil. Até por dizer que as Terras, nada têm a ver com a injustiça e corrupção humana, e que o Brasil tem jeito sim, o que pode não ter jeito são as pessoas.
Mas, voltando ao projeto e a comparação com os países de primeiro mundo: nós não somos, e estamos longe de ser.
Enquanto tem gente comendo farinha, tem gente se preocupando em tirar as placas das fachadas. Será por que seria muito mais difícil e trabalhoso colocar rondas eficientes em horários noturnos, quando as equipes de pichadores costumam atacar, e puní-los? Sim, pois pra mim e para N pessoas que compartilham da mesma, ou semelhante opinião, essa é uma poluição mais destrutiva que os logotipos dos estabelecimentos, por exemplo.
E as fachadas de prédios sem manutenção, que mostram para qualquer indivíduo que passar por perto, seus problemas de encanamento, como quem diz: 'se quer vir morar aqui, saiba desde já o que estará comprando, ou alugando'.
Ainda na semana do alarde feito com a aplicação da Lei, onde todos corriam para conseguir a regularidade, eu, como publicitária, tive de ouvir um vulgo insulto de um leigo, rindo e dizendo: "os publicitário se f...". A começar pelas dores nos tímpanos pela assimetria da conjugação, mas tão logo recuperada, rasguei o verbo, como quem escreve uma carta:

- Querido, para sua infelicidade, vou te contar que quem se dá mal nessa jogada, não são os publicitários. Para isso existem as outras mídias e, um fator como esse tem seu lado positivo, pois todos, nesse momento, estão a pensar nas possibilidades de se gerar mídias alternativas, pois o momento para quem o fizer é agora! Para isso existe o jornal, as revistas, os encartes diferenciados, os pacotes super bacanas que os mídias negociam com os veículos e empresas, os mega-eventos segmentados, etc. Quem se prejudica nessa história são os pequenos, pois o grande se reestabelece, encontra alternativas, e o pequeno luta contra a maré. Quem se dá mal é a faxineira daquela pequena empresa de impressão de banners e outdoors, os filhos dela e sua família, que ficam lá de boca aberta, esperando o mísero salário a ser transformado em arroz e feijão. É desse tipo de pessoas que você está rindo, sendo que a pouco me disse fazer, ou tentar fazer agluma coisa para se manifestar contra as injustiças, como escolher um bom candidato. Ora, se fosse tão fácil, fariam uma fórmula e venderiam a preço de ouro! É fácil apontar, enquanto o seu candidato está ali, na surdina, mas espere, um dia ele será revelado!
Mas voltando, os publicitários não se deram mal, quem se deu mal foram N outras pessoas e além disso, a liberdade de expressão. Quer tirar? Tira o exagero, não o desnecessário.
Soube de uma escola pública que, com o dinheiro de quatro placas de Outdoor, conseguiam fazer a escola sobreviver bem melhor que agora, que passam por sérios apertos, com a falta da verba extra. E são muitas outras advertências.
Quer limpar a cidade? Nossa, tem tanta coisa a fazer primeiro. A começar com a educação, que quem sabe um dia irá ensinar as pessoas a não jogarem seus lixos na rua, pois depois ocorre uma enchente e não se sabe porquê, além de ser feio, muito feio!
Como disse, cuide dos pichadores, e dos fios elétricos, um perigo para a sociedade, ou uma 'belezura', quando têm tênis e fitas de pipa enroscados.
Nossa, há tanta coisa a se fazer para limpar a cidade, que é por isso que eu afirmo que este projeto sim é uma limpeza de fachada, para mostrar que fez um grande projeto, ao passo que fachadas de empresas instaladas num mesmo local por anos, nem precisam mesmo de seus letreiros, já que a sujeira se encarregou de ocupar o desenho e você conseguir ler perfeitamente o que estava escrito ali. Ou ainda, estabelecimentos irreconhecíveis, pessoas que demoram o dobro de tempo para localizar um estabelecimento, por não ter identificação, fora o ambiente bonito e 'despoluído', que se encontra em uma região como a do Largo da Batata.

Sr. Kassab, já que é tão próximo à cratera de Pìnheiros, dá uma passadinha na região e me diga, nos diga, por favor, se é isso o que o Sr. chama de despoluição visual. Sem ofensas, por favor!"

M: Não há sede tão bem saciada quanto ao fato de sentir-se aliviado e orgulhoso por manifestar sua expressão!

Um bom final de terça-feira a vocês, e obrigada pela leitura!

5 comentários:

Thais disse...

Tocou numa ótima questão, estava procurando conteúdo sobre isso...

Eu achei a lei ridícula, por um simples motivo: não resolve a poluição visual e prejudica os comerciantes. E claro, não deixa de ser fachada, ele fez isso só pra dizer que fez alguma coisa.

Gostei do conteúdo do seu blog, viu? Não se desmereça! Tem futuro!

Bjks e boa semaninha! :)

lady-bug disse...

isso não acontece em BH, mas seria f***. tem muita gente se manifestando contra, né?

temos tido sorte com o governo atual (Aécio). o cara não é unanimidade, mas tem feito bastante. ao menos o que ele faz é bem diguldado, então a gente acaba tendo uma boa imagem dele (que tem a publicidade certa).

lady-bug disse...

ah, quanto as mamadeiras, é que voltarei ao trabalho em duas semanas e se não tiver um microondas pra preparar as mamadeiras da cria direto nelas, as panelas vão se acumular na pia... hehehe

filhotinho tá com quase cinco meses e a filhotinha fez sete anos sábado passado. trabalho numa mineradora em Nova Lima (40 km da minha casa) como secretária de um dos VP's. é longe, mas compensa no final do mês :)

rickferreira disse...

olá. valeu pela visita. inclusive a visita ao Luz dos olhos.
que bom que gostou. to enrolando a um tempao, mas vou tentar atualizar os contos. adoro diálogos, e nao vou escapar de postar mais um em breve.
também quero te ler e linkar. depois comento mais.

grande abraço.

Anônimo disse...

Bom, você já sabe minha opinião! Só queria ressaltar uma coisa que ouvi duma pessoa importante neste ramo, um professor meu que é do conselho da mídia externa.
Ele falou sobre os fronts, spotlights, etc... que em muitos cantos da cidade servem como fonte de luz.
Eu dou exemplo da Radial Leste e até na consolação lá pra cima, perto da Paulista, é muito escuro, se não fosse pela presença de uns frontlights que ajudam na iluminação!

E até falando da Empena Cega, que em muitos prédios que a tem, fazem diminuir drásticamente o valor do condomínio!

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